Concursos da área de planejamento são menos concorridos; veja dicas


As áreas de planejamento, gestão e controle oferecem ótimos salários. São áreas que vêm crescendo recentemente, em sintonia com a modernização e profissionalização da administração. Por outro lado, não é um segmento muito conhecido pelos candidatos, ao contrário dos já familiares concursos para tribunais, bancos, polícia ou fiscalização.
O número de vagas não costuma ser muito generoso, já que é preciso menos gente para planejar do que para executar. A boa notícia é que, talvez por este motivo, são concursos menos concorridos, com relação candidato-vaga mais favorável.

Área fiscal serve de baseEstamos falando de órgãos como os tribunais de contas dos municípios (somente no Rio e em SP), dos estados –os TCEs-, e da União – oTCU-, todos responsáveis pelo controle da administração pública. E, ainda, as secretarias de Planejamento e gestão dos estados e o ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. Também os municípios têm necessidade de servidores especializados em planejamento e orçamento. Tudo isso compõe um segmento em franca expansão, com necessidade de servidores qualificados.

Para quem pretende concorrer a uma dessas vagas, vale começar o estudo pela preparação básica da área fiscal e, em seguida, priorizar as matérias referentes ao cargo pretendido. Em geral, disciplinas como administração pública, administração financeira e orçamentária (AFO), economia e outras relacionadas a controle externo e gestão são cobradas nos editais.
Na verdade, esse segmento pode ser considerado um “viés” em relação ao estudo para a área de fiscalização. Para quem não quer desviar o foco, é válido manter-se na área fiscal e ficar atento a editais para órgãos de planejamento, gestão e controle. Com a inclusão de apenas uma ou duas disciplinas especificas do edital, o candidato terá plenas condições para conquistar uma vaga.
Mesmo no caso dos tribunais de contas, o que se observa, apesar do nome “tribunal”, é que os conhecimentos exigidos para o candidato ocupar uma das vagas típicas de controle externo não são muito próximos dos cobrados em concursos para a área jurídica; mas, ao contrário, são muito similares ao que costuma ser cobrado em provas para cargos da área de fiscalização, dando apenas maior ênfase em conteúdos relacionados a controle externo.
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TCM do Rio abriu 40 vagas
(Foto: Divulgação)
Vagas no Rio
O Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, por exemplo, divulgou na semana passada edital para o preenchimento de 40 vagas para cargos de analista de informação, engenheiro e técnico de controle externo, todas para quem tem nível superior. Somente as vagas de engenheiro exigem formação específica na carreira e registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea). O salário é de R$ 8.642,89 para todos os cargos.

A validade do concurso será de dois anos, podendo ser prorrogada por igual período, e os candidatos aprovados e classificados além do número de vagas inicialmente oferecidas vão compor um cadastro de reserva, podendo ser nomeados durante a validade do concurso, de acordo com o interesse da administração. A se levar em conta recentes declarações do presidente do tribunal, pode-se apostar nisso. A Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 criam a necessidade de um bom aparelhamento do TCM, a fim de permitir a adequada resposta à demanda por controle em diversas áreas do município, tais como obras públicas e outros.
Conhecimentos exigidos
As provas para analista de informação e engenheiro serão realizadas no mesmo dia e têm conteúdo bastante similar, à exceção dos conhecimentos específicos da área escolhida. De quem deseja se candidatar ao cargo de analista da informação serão cobradas as disciplinas de: português, noções de inglês, raciocínio lógico –incluindo conteúdos de matemática- , noções de controle externo, noções de licitações e contratos, e ética do servidor –que inclui conteúdos de direito penal e legislação específica. Os conhecimentos específicos são relacionados à área de tecnologia da informação.

Já os cargos de engenheiro não exigirão noções de inglês e cobram os conhecimentos específicos próprios da área, além de conteúdos relacionados a impactos ambientais.
Os cargos de técnico de controle externo exigem conhecimento de diversas disciplinas, divididas em duas provas que serão aplicadas nos turnos da manhã e tarde do mesmo dia, em data diferente dos exames para os outros cargos. Serão cobrados conhecimentos referentes a: português, auditoria, contabilidade geral –incluídos pontos relacionados a contabilidade gerencial, custos e análise de balanços-, contabilidade pública, matemática financeira, raciocínio lógico –também com pontos de matemática básica-, direitos administrativo, constitucional e financeiro, noções de informática, instrumentos de controle externo e ética do servidor.
Assim, não é propriamente um concurso para quem iniciou a preparação direcionada para os tribunais, porque haverá muitos assuntos desconhecidos a serem estudados. Por outro lado, para quem já vem estudando com foco na área fiscal, poucos ajustes serão necessários.
* Lia Salgado, fiscal de rendas do município do Rio de Janeiro, é consultora em concursos públicos e autora do livro “Como vencer a maratona dos concursos públicos”
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